segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Molho inglês


O ser humano tem uma tendência inata a contestar o novo, talvez por preguiça. É sempre mais fácil por para tocar uma música que já sabemos gostar do que aquela que desconhecemos e podemos vir a não gostar.  Alguns amigos meus não escutam o novo absolutamente, simplesmente seguem a linha do “não provei e não gostei”.  Se for pop então, nem pensar.  (Qual é o problema com o pop? Uma coisa só é popular quando agrada a muita gente e se agrada a muita gente por que tanta má vontade?)  Claro que não devemos gostar de uma música só porque muita gente gosta, mas give a chance to peace and to the new. 

Música é igual comida: mesmo com cara feia, experimente.  Não vai te custar nada. Se for ruim você sempre poderá cuspir, ou simplesmente não ouvir de novo.  No site da Billboard há boas opções do que tem tocado de novo pelo mundo, e não raro encontra-se sons legais como Somebody I used to know do Gotye, Blurred Lines do Robin Thicke e Mirrors do Justin Timberlake.  Às vezes é libertardor esquecer os rótulos e gostar apenas do objeto, também na música.

Mas clássicos são clássicos e justificam a razão de serem ouvidos um milhão de vezes antes de partimos para o playlist das novidades.  Nada melhor do que um clássico para trazer de volta a boa vibração de um momento: estórias engraçadas, amores, desamores ou só uma nostalgia gostosa. E música boa é como arroz com feijão: um prato que você tempera à sua maneira, de acordo com o seu momento, te satisfaz e nunca sai de moda.  

Tenho notado uma forte tendência britânica em meu setlist ultimamente, coroada este fim de semana com Easy Lover, do Phil Collins (executada no barato umas 10 vezes de sexta à tarde até a manhã de hoje). O bom e velho Phil Collins, minha gente, tradicional como uma batata inglesa!  Algum dia batata vai ser ruim? Jamais.  Junte a ele The Smiths, U2, The Police, The Who, Radiohead, Queen, Coldplay e os batatões Beatles e Stones.  Sem dúvida o tempero que mais tenho usado ultimamente é o molho inglês. Boa semana!


XXX



Um comentário:

Anônimo disse...

Verdade Dani! Essa questão musical é controversa! Vejo muitos casos exatamente como vc disse, só porque a música pertence a determinado estilo musical já é taxada de pobre, chata...
E para por mais caldo no seu molho inglês, ouça JP Cooper e Newton Faulkner �� Bjs! Andressa