sábado, 18 de outubro de 2008

Peculiaridades do México



Retomando os relatos de minha percepção dos hábitos mexicanos, não posso deixar de comentar as peculiaridades que me chamam atenção por aqui.

Além das iguanas, que mereceram um post à parte logo de minha chegada ao México (Tá lá no início do blog, nos posts de 2006), não posso deixar de comentar os jacarés. Ou crocodilos, como eles dizem por aqui.  Em Villahermosa, ao contemplar qualquer laguinho mixuruca, cuidado! Um jacaré pode vir te saludar. Aparentemente eles não tem o menor problema conosco, vide o jacaré da foto nadando serelepe pela lagoa, bem próximo à margem do prédio onde vivem umas amigas brasileiras. Na mesma margem onde brincam crianças (!?) e mascotas (animaizinhos de estimação), me pergunto se algum jacaré já teve o seu McLanche Feliz. Ojalá, não!

Além dos jacarés, existe uma outra espécie bem curiosa por aqui: o vendedor-preguiça. Desconheço qualquer parentesco com os bahianos, mas caso exista posso garantir que os mexicanos foram os precursores honorários. E não é só em lojinha pé-de-chinelo, não - porque nessas além de não te atenderem, pedem delicadamente para você vazar, caso seja hora do almoço, do café, da saída, da entrada, de falar ao telefone, ou se tiverem a fim. Em loja grande também acontece. Por exemplo: tem um balcão enorme, uma vendedora, e DUAS clientes (não são dez, só duas). Se a vendedora atende a primeira cliente e a segunda pergunta o preço de algo, que está ali, do ladinho dela, ela vai dizer pra coitada esperar a sua vez no atendimento. E assim sucessivamente, não importando se são dois esperando ou dez, se você só quer fazer uma pergunta ou experimentar a loja inteira. E essa espera pressupõe que a primeira cliente conte o número de pedrinhas que tem no detalhe da bolsa, defina o tom que melhor combine com o vestido que ela comprou tal dia... (ah sim, esta, mexicana, também conta toda a estória do vestido, afinal, prá que pressa?). A vendedora é capaz de perder mais tempo te explicando por que não vai te atender do que virando a porra da etiquetinha pra você ver o preço do produto. Fazer duas coisas ao mesmo tempo, nem pensar. Afinal, ela tem duas mãos, dois ouvidos, dois olhos, mas apenas um neurônio! Ganho por comissão? Ou não existe ou eles realmente têm problemas...


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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Mulher expatriada


Pra quem acha que vida de mãe e dona-de-casa expatriada como eu é só "frozô" pra lá e pra cá, acertou!

Prova isso o último evento da SSA - Schlumberger Spouses Association (quer mais frozô do que essa associação?????).

Normalmente nos reunimos 1 vez por mês para um café da manhã em um hotel bacana bancado pela empresa. É uma delícia! Conversamos, comemos e muitas trabalham em obras beneficentes. Eu infelizmente ainda não tive essa oportunidade, pois com duas crianças pequenas, sem empregada e sem família por perto quem tem precisado de caridade sou eu.

Esta foto foi tirada no Dia Internacional dos países (ou alguma coisa assim), onde cada país montou uma mesa com comidas típicas e fez uma apresentação sobre a cultura de seu país. As colombianas foram vestidas a caráter, com saia rodada, flores por todos os poros e muita cor. As equatorianas, também vestidas a caráter, cantaram e dançaram três músicas, podendo ter parado na primeira... As mexicanas apresentaram o que na minha opinião o méxico tem de melhor: a comida! As argentinas... ficaram bem longe da gente!!! E dessa vez não teve briga quanto à origem do pão de queijo. E nós, brasileiras, arrebentamos com a mesa melhor decorada e uma super apresentação cobrindo o Brasil por regiões, e finalizada com o hino nacional cantado em diferentes ritmos brasileiros. Vale a pena checar esta versão do hino no YouTube, é emocionante. (http://br.youtube.com/watch?v=ppOIMD5hCH4).



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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Para onde foi o livro?


Algumas pessoas estão me perguntando o que são os capítulos relacionados abaixo... Tive que retirar o livro daqui, mas agora esta disponível inteirinho no Clube de Autores, cujo link esta aqui ao lado. Chega lá! 

É um leve e curto Romance, entitulado "Malu & Edgar". Na visualização deste blog os capítulos aparecem de trás pra frente, mas quem quiser ler um capítulo por dia, desde o primeiro, pode acessar pela barra de ferramentas aqui no lado direito da tela. Basta clicar em "Março" e correr até o fim da página, lá está o Capítulo 1.

A figura acima é a capa do livro, que o talentoso designer André Gyurkovits bolou com elementos presentes na estória:

O Corcovado, o calçadão de Copacabana, porque a estória se passa no Rio. O poste de rua e o casal dançando tango é referência a Buenos Aires. Os drinks caindo são Pisco Sour, bebida típica peruana oferecida pelo "cupido" do casal protagonista. O verde das montanhas representa a serra fluminense, onde tudo começou. Agora vocês me perguntam: O que essa galinha está fazendo com um anel no bico no alto da capa? Essa vocês terão que ler pra saber! ; )

Divirtam-se!


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Natureza em fúria


Por incrível que pareça estamos ameaçados por uma nova enchente aqui em Vilahermosa, México. Como se não bastasse a do ano passado, que devastou boa parte da cidade - meu condomínio inclusive (foto) - mais uma vez a natureza vem cobrar o seu preço.

Se chover pra valer, alaga de novo. Nada foi feito, nem uma obrinha sequer. Para quem acha que o serviço público do Brasil é uma merda, é porque não conhece o do México. Aqui a corrupção impera, pior que no Brasil. E o que que eu ainda estou fazendo aqui? Também não sei.

Talvez a comida deliciosamente picante me encha os olhos, ou o hábito do café da manhã em grande estilo tenha me seduzido... Talvez ter um filho mexicano conte um pouco, e o trabalho do meu marido conte muito. E definitivamente, a "buena onda" do povo mexicano sempre valerá a pena.

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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

De volta!



Gente! Muito tempo sem escrever aqui, não é mesmo? É que estive muito ocupada tendo 2 filhos, que são pequenininhos mas dão muito trabalho! Um deles está aí na foto, devidamente disfarçado, afinal ainda é menor e não deve se expor. : )))) Ocupada eu acho que vou estar até que eles tenham 18 anos, mas arrumarei mais tempo para vir aqui escrever minhas impressões da maternidade, do dia a dia no México, da vida!

Um beijo e até breve.


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