Eis que volta a haver tempo para produzir algo não relacionado
ao trabalho. Pensei comigo esses dias: vou dar uma olhada no blog e rir do que
escrevi no passado. Comecei rindo da sessão “Sobre mim”. Para quem se diz inconstante, a descrição que
estava lá durou bastante tempo: 16 anos! Pouco mexi na atualização que fiz hoje. Por mais inconstante que seja uma pessoa a essência dela tende a ser a mesma por toda a vida.
Estamos experimentando uma guerra neste exato momento, que espero com fé que não se prolongue a ponto de virar uma crônica aqui, por isso vou passar batida. Gosto de amenidades (se é que o comportamento humano pode ser considerado uma, tenho dúvidas). Experimentamos nossa primeira pandemia, que parece estar finalmente terminando. Experimentamos 2021 como um ano de receio, celebração e redenção.
Receio por ainda não estarmos livres da pandemia: seguimos vacinando, morrendo, vacinando de novo, aglomerando, se isolando, aglomerando de novo, reclamando da mídia vergonhosa, politizando a saúde.
Celebração porque na menor brecha que tivemos, celebramos. Celebramos casamentos adiados de 2020, viagens canceladas, reencontros antecipados, celebramos estar vivos. O que curiosamente fez de 2021, ainda que um ano pandêmico, um ano de encontros inesquecíveis cuja única explicação está na redenção. Foi um verdadeiro frenesi social, tamanha a ânsia das pessoas em voltar a viver. Se reuniram, comemoraram, riram, dançaram, beijaram. Se rendendo à natureza humana que é gregária, ainda que de máscara.
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