Ou no bom e
velho português claro: O Vento da Mudança.
Há alguns dias resolvi reformular este site, talvez motivada pela
descoberta casual do blog de uma menina, a Marina Smith (o blog é o 2beauty), que fala essencialmente de maquiagem e beleza, mas traz implícito estilo de
vida, gostos e preferências em diferentes aspectos. Por algum motivo ver o site dela tão bem elaborado,
atualizado com frequência e bombando no território virtual, me animou a mudar
alguma coisa por aqui. (As mudanças geralmente precisam de faíscas. A autocombustão dentro de nós até existe, mas é raríssima!)
Comecei então
pela aparência, que é mais fácil. Conteúdo
sempre é mais difícil de encontrar, tanto em pessoas como em coisas. Com todo o amor que tenho pelo Rio de Janeiro,
já não aguentava mais olhar para aquela foto estática azulada do Pão de Açúcar
que ilustrava o cabeçalho aqui de cima. Lembrei então que muitos dos sites bem sucedidos são aqueles onde há uma maior identificação do público com o autor. Então por que não por fotos do meu dia a dia? (E isso nada tem a ver com narcisismo, só não me parece adequado expor imagens não
autorizadas de outras pessoas). Aí
vocês podem pensar naquele velho papo da autoexposição, que eu mesma já falei por aqui. Também pensei. Mas concluí que ou bem eu escrevo ou bem eu
não me exponho. É impossível escrever
sobre comportamento humano com total imparcialidade (a gente até tenta, mas os
mais perspicazes sempre percebem o posicionamento do autor). Ou seja, por mais
que me preserve alguma exposição sempre haverá. Ossos do
ofício.
Mudei a aparência
e acrescentei uma descrição do blog (ainda que muito sucinta e distante do que queria, mas beleza), explicando a origem do nome e o critério de definição de conteúdo. A origem do blog foi mais fácil, e acho que foi
o que deu o viés para as idéias de hoje.
Difícil mesmo foi redefinir conteúdo.
Por mais que adore maquiagem e este mundo de moda & beleza, que está
fazendo de blogueiras verdadeiras empresárias do ramo, não me vejo escrevendo
sobre isso. Até por que posso deixar o Instagram
para tal, que serve muito bem a este propósito (uma imagem vale mais
do que mil palavras!). (Vocês repararam como eu gosto de parênteses, né?). O fato é que minha
praia sempre será o comportamento humano.
O relacionamento humano, para ser precisa, com todos os seus contrastes,
desajustes, altos e baixos.
Criei este
blog em 2006, embora os primeiros textos tenham sido escritos em 2004. Lá se
vão quase 10 anos. Eu já era formada, já
tinha conquistado minha independência profissional, era solteira e queria me
casar, como boa parte do sexo feminino entre a (controversa) faixa de 25 a 35
anos de idade. E este estado de espírito era
claramente refletido nos textos daquela época.
Depois, à medida que a vida foi mudando, os textos também foram. Novos ventos. Alegrias, crises, conquistas, hiatos e toda a
felicidade e tristeza correlatas. Novos ventos.
Mudanças de cidades, de estado civil, de estado de espírito.
Percebi que não preciso redefinir
conteúdo algum aqui, porque ele se redefine sozinho, como a vida. Em 10 anos eu mudei tanto, e quis tantas
coisas diferentes, e estive feliz e triste tantas vezes que me dei conta de que nós simplesmente não vamos parar de mudar. Não enquanto
estivermos vivos. Não enquanto não estivermos inertes. Não enquanto não conquistarmos tudo. E nunca conquistaremos tudo, porque o tudo
de 10 anos atrás vai ser sempre muito diferente do tudo de hoje.
XXX
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