terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Diário de Bordo 1 - Chegando no México

No ultimo sábado finalmente aterrizamos em Villahermosa, capital do estado de Tabasco, México. A vista do avião era belíssima: céu azul sem uma nuvem, terra muito verde, lagos, casas... e nenhum prédio?! Isso mesmo, embora diga-se que a cidade tenha 1 milhão de habitantes, nao é comum ver edíficios. (Não me perguntem onde está esse milhão de pessoas, talvez enterrados no solo fugindo do calor senegalês que faz por aqui).

Os mexicanos são um povo curioso. No restaurante, só tomam refrigerante ou suco de canudo; e se você esquecer de pegar o guardanapo, o garcom taca-o no seu colo sem o menor pudor. Tomar água mineral foi uma conquista: eles chamam água com gás de água mineral e água mineral de água natural. Como descobrimos isso? Tomando MUITA água com gás.

É um povo elegante e cafona ao mesmo tempo. As mulheres já acordam coloridas, nas roupas e no rosto - é tanta sombra, tanto lápis de olho que até eu estranhei (e olha que eu gosto de maquiagem). Por outro lado, no fim de semana, não se vê um mexicanozinho que seja sem camisa social. Das ruas ao aeroporto, todos – inclusive menininhos de 10, 11 anos - usavam suas camisas sociais para dentro da calca. Falando em aeroporto, inexplicavelmente, o aeroporto e o shopping de Villahermosa são mais bonitos dos que os da Cidade do México (como se o shopping de Macaé fosse melhor que o do Rio, ou o de Campinas melhor que o de São Paulo).

Nossa epopéia continuou ao reservarmos um apart pela internet. Quando chegamos no ditocujo - um moquifão no meio do nada – meu marido teve que pular o portão do estabelecimento, pois mesmo que tivesse alguém lá dentro (o que não foi o caso, felizmente), a campainha ficava do lado de dentro da grade (bem la no fundo eles devem ter uma raiz portuguesa). Chocados, pedimos ao taxista que nos deixasse em qualquer qualquer hotel que tivesse ar condicionado e um porteiro. Fomos parar no Western-qualquer-coisa, um 4 estrelas (na concepcao do fundador, provavelmente) com cara de lanchonete americana de beira de estrada. Pra resumir, as refeições neste hotel eram um tanto quanto mexicanas demais para nosotros, de forma que ou saíamos de lá ou nao saíamos do banheiro.

Foi então que cruzamos o portal do paraíso. De longe avistamos o letreiro do Hyatt, e tudo o que pudemos fazer foi seguir em sua direcao para achar “a zona sul” da cidade. Finalmente um hotel (de fato), um shopping, e a alegria de encontrar nele meus amigos Calvin Klein, Helena Rubstein, M.A.C...

Neste mesmo fim de semana ainda encontramos tempo para alugar um carro, conhecer um pouco da cidade (nos limites da zonal sul, obviamente), e visitar uma primeira casa para alugar... mas isso é papo para uma outra vez.

Set/2006


XXX



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