domingo, 29 de outubro de 2023

Chandler e a geração X - Could I be any more sad?


Chandler Bing era conhecido por seu humor sarcástico. Favorito de muitos fãs de uma das séries de TV de maior sucesso mundial (WarnerBros.com | Friends | TV), o personagem de Mathew Perry era talvez o mais real dos seis amigos.  Não costumamos ter um amigo paleontologista. Nem todo mundo é amigo de um ator mal sucedido. Alguns podem até ser amigos de chefs.  (Phoebe e Rachel deixo de fora da lista porque há diferentes níveis de fofura e maluquice nas duas, a competição não seria justa). Mas um amigo do mundo corporativo, que ninguém entende o que faz e encara o dia a dia com bom humor e piadas, todo mundo tem.

Friends foi um seriado de sucesso porque foi oportuno. Assim como as piadas de Chandler. E era simples (ah, a simplicidade!). Chandler, Monica, Ross, Rachel, Phoebe e Joey representam a essência da geração X – que também é a minha e provavelmente a sua que está lendo este texto.

A geração X veio depois da geração da contracultura, os babyboomers. Os babyboomers sairam de casa para trabalhar e perceberam que não precisavam manter um casamento que não funcionasse. Divorciaram-se. Mães foram trabalhar fora. Dois chefes de famílias ou nenhum chefe de família.  Eis que a nossa geração, a X, crescendo neste meio viu que havia um outro componente possível para a conta emocional fechar: os amigos.

Nossa geração deu um imenso valor à amizade.  Substituir uma eventual disfuncionalidade em casa, ou no trabalho, ou no amor, pelo acolhimento dos amigos fazia todo sentido. E foi mostrando isso que a série cativou o mundo. As histórias eram simples, cotidianas, engraçadas.  Havia menos policiamento, moral e civil.  Ninguém era cancelado, tampouco ultrapassava-se os limites do bom senso (ah, o bom senso!). Foi universal e perene: eu gostei e meu filho, quinze anos depois, gostou também.  Não ficou datado... sabe por que? Porque a essência humana é atemporal.  Longe de mim querer dizer que a geração X ressignificou o conceito de amizade, mas fico feliz que as gerações seguintes seguem dando o valor que ela merece. 

Descanse em paz, Mathew. Obrigada por toda a alegria que você e seus amigos trouxeram para várias gerações.

 

XXX



2 comentários:

Anônimo disse...

Dani,
Lendo seu texto, fui tomada por uma avalanche de lembranças maravilhosas…!
Dos encontros na terça-feira à noite (porque era pizza em dobro na Dominos) e a grana era curta… rsrsrs, dos brigadeiros de panela… das rodadas de Imagem e Ação, dos filmes, das longas gargalhadas…
Me lembro de você falando pro André que eu e a Júlia éramos duas pessoas! E não “Renata Júlia”, como ele nos chamava…!!! Kkk
Enfim… Friends…
Friends foi e sempre será muito mais que uma série… foi algo que fez e faz parte da vida de todos nós… porque eles são uma extensão de nós… e de todas essas lembranças…
E que bom que meu filho com 11 anos já maratonou inúmeras vezes e carrega com ele esse espírito da amizade tão vivo…
Um beijo muito carinhoso pra você, pro André e pra toda a família.
Renata.

Daniella Rabello disse...

Oi Re! Que lembranças maravilhosas, bons tempos! Obrigada pelas lindas palavras e um beijo para vocês também!